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Jornalista do CTDR vence principal prêmio de jornalismo de Pernambuco

Pedro Paz ganhou na categoria “Texto” do 27º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo
publicado: 16/08/2023 17h58, última modificação: 16/08/2023 18h18
Pedro Paz é jornalista e doutorando em Antropologia na UFPB. Crédito: Autorretrato

Pedro Paz é jornalista e doutorando em Antropologia na UFPB. Crédito: Autorretrato

O jornalista do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Pedro Paz venceu o principal prêmio de jornalismo de Pernambuco.

Ele ganhou na categoria “Texto”, para jornalistas profissionais, da 27ª edição do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, com a reportagem “Calor em habitações sociais compromete conforto, saúde e renda de moradores”, publicada 15 de julho do ano passado, pela mídia independente pernambucana Marco Zero Conteúdo.

Os vencedores foram anunciados durante cerimônia na noite desta terça-feira (15), no Auditório da Associação Médica de Pernambuco (Ampe), na Praça Oswaldo Cruz, no Centro do Recife.

“Pernambuco é uma das principais escolas de jornalismo do país e não é por acaso que atuo hoje no CTDR da UFPB. Todos os meus trabalhos, enquanto jornalista independente, se fundamentam na ciência e lidam, direta ou indiretamente, com temas como fome, insegurança alimentar e outras violações de direitos humanos. Todo mundo tem o direito de nascer bem, de viver bem e de morrer bem”, defende o jornalista.

No último Requerimento de Informação (RIC) da jornalista Cristina Tavares (1934-1992), que dá nome ao prêmio, no exercício do seu derradeiro mandato de deputada federal por Pernambuco, ela solicitou, em junho de 1990, informações ao ministro da justiça da época sobre ações desenvolvidas pelo governo brasileiro para retirar garimpeiros das terras dos Yanomani e apurar denúncia do deputado Aarlos Azpurua, da Venezuela, de invasão e poluição ambiental do território venezuelano por garimpeiros brasileiros.

“A ocupação do solo brasileiro começou a dar errado com a invasão dos europeus brancos no nosso processo de colonização, por volta de 1500. Hoje, o avanço do agronegócio e a especulação imobiliária inviabilizam uma ocupação do solo mais justa, horizontal e democrática. Morar bem é um direito previsto na Constituição de 1988. É desse lado da história, em defesa das minorias políticas, que sempre estive, estou e estarei sempre”.

Disputaram na mesma categoria a jornalista Raíssa Ebrahim, da Marco Zero Conteúdo, com “Pescadoras lutam por reserva extrativista em área ameaçada no litoral sul de Pernambuco”, e Katarina Moraes, do Jornal do Commercio, com “Um dia nas palafitas do Recife, onde os "homens vivem como bichos"”.

Mais de cem trabalhos foram inscritos nas categorias profissional e estudante da 27ª edição do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. Durante 30 dias, a comissão julgadora, formada por mais de 15 professores, mestres, doutores e profissionais de comunicação, avaliou cada produto jornalístico inscrito.

A 27ª edição do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo foi organizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Teve o patrocínio da Cepe (Companhia Editora de Pernambuco) e o apoio do Governo de Pernambuco, da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), da Prefeitura do Recife, da Câmara do Recife, da Prefeitura do Paulista e da Prefeitura de Igarassu.


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Texto: Pedro Paz
Edição: Pedro Paz