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Atabaque de Mina
Atabaque de mina jeje s. m. Membranofone utilizado na manifestação tambor de mina. Toca-se golpeando com as mãos, geralmente. Similar ao atabaque utilizado na capoeira e rituais do candomblé.
O atabaque de mina jeje pode ser classificado como um membranofone (2) pois o som do instrumento é obtido através de uma membrana de pele animal, 2.1 percutidos, 2.1.1 sendo percutido diretamente pelo instrumentista através da mão ou de uma baqueta, 2.1.1.1 corpo de formato semiesférico e abaulado, 2.1.1.2.1.1.1. Aberto, pois a extremidade oposta a membrana é aberta, 2.1.1.2.2. Tendo o diâmetro no meio do corpo é maior que nas extremidades, de acordo com classificação organológica de Hornbostel Sachs atualizada por Montagu.
O tambor de mina é uma manifestação religiosa afro-brasileira surgida no maranhão através dos fenômenos sociais causados pela diáspora africana para o brasil no período colonial, onde os povos escravizados principalmente da etnia jeje (Angola) e nagô (iorubás), em um período de repressão política encontram uma forma de expressar sua identidade africana através do culto aos “voduns” nos terreiros mais tradicionais e antigos: a Casa das Minas jeje e a Casa de nagô tendo seus rituais sendo cantados em língua africana, e nos demais em língua portuguesa com elementos de sincretismo catolico e entidades espirituais especificamente brasileiras como por exemplo os caboclos.
Dos terreiros mais antigos temos em São luís a Casa das Minas, fundado por membros da família real daomé, aqui no brasil chamados de “jejes”. nele são tocados tres tambores de uma só membrana, cultuando apenas os voduns e cantando a noite toda em língua Fon.
Referencias
LIMA, Ronaldo Batista de. Atabaques do candomblé e tambores batá da Santeria: toques e formação do ogã. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Universidade de Brasília. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/21517/1/2018_RonaldoBatistaDeLima_tcc.pdf. Acesso em: 15/07/2024.
FERRETTI, Mundicarmo. TAMBOR-DE-MINA EM SÃO LUÍS: dos registros da Missão de Pesquisas Folclóricas aos nossos dias. Revista Pós Ciências Sociais, v.3,n. 6, 20 Mar 2012 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/811/3043 . Acesso em: 15 jul 2024.